quinta-feira, 5 de maio de 2011

Retratos da Vida 7

São Paulo

Meu irmão Raul , dono do “ABAPORU’, resolve vendê-lo. Comoção nacional. Como deixar que o país perca esse tesouro, etc.etc.

Antes da venda, tem uma idéia ótima. Pede a dez dos maiores pintores brasileiros contemporâneos que façam suas releituras do  “ABAPORU’.

Ficam lindas. Compro uma delas, na minha opinião, a melhor, a de Antonio Maia. Penduro na minha sala, em lugar de visão imediata e obrigatório para quem adentre.

Faz-se a venda, em New York, com uma publicidade nunca vista. Todos (ou pelo menos assim pensei) ficam sabendo o que é o “ABAPORU” e passam a entender sua importância e seu significado.

Dois meses depois: vai ao meu escritório um casal de clientes, extremamente emergentes. Ela, perua de carteirinha. Gostam de tudo. Elogiam a decoração para a secretária. Passam por finos e cultos.

Até entrar na minha sala. Ao olhar o quadro e sentir-lhe o impacto, a moça fala, do fundo do coração:

“Doutor, que maravilha ! Eu nunca pensei ver o “BABALU” assim de tão perto ! “

Quem explica ? Freud ou Angela Maria ?

Um comentário:

  1. Muito bom, babalu é dose.

    Eduardo, bom dia, queria pedir um favor, conheci o Raul, na época que fiz a exposição e o catálogo da releitura do Abaporu, feita em sua galeria.
    Sou Mauricio Vieira, a pessoa que fez o logo da galeria e todo o resto relacionado a exposição.

    Será que vcs tem algum registro desses materiais? Não fiquei com nenhuma foto do evento e perdi o catálogo quando mudei de pais.

    Gostaria de ver as obras novamente, que me lembro, eram sensacionais.
    Desde já te agradeço e deixo meu email em caso positivo:
    mauriciovieira22@hotmail.com
    abs
    Mauricio

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